domingo, 21 de fevereiro de 2010

Porto Alegremente

Porto Alegre tem tido o verão mais quente dos últimos tempos. Só pra dar uma idéia pra quem não mora aqui, a cidade de Porto Alegre só atingiu os 40ºC em 1º de janeiro de 1943, ou seja, há 67 anos. Entretanto, os dias 03 e 04 de fevereiro foram os dias mais quentes desde então, alcançando 40,3ºC durante o dia. E a noite também foi beem quente, já que a temperatura somente baixou da casa de 30ºC para 29,9ºC às 4h54m da madrugada. E isso só para cidade de Porto Alegre mesmo, porque a região metropolitana teve 44ºC e uns quebrados durante o dia.
Esse fato histórico foi tri comentado, mas tri mesmo! Tanto que os sites de metereologia mundias, como o AccuWeather, destacou o Portinho como o ponto mais quente do planeta nesses dias. Aham, O MAIS QUENTE DO PLA-NE-TA!
Uma barbaridade!
Mas tu sabe, até que semana passada o calor deu uma trégua. No domingo de carnaval, com a chuva e o vento, até que se aproxegou um refresco... e dizer que quando vem o inverno a gente reclama do frio de renguear cusco. Só que desde quinta o mormaço voltou e com toda a força, ute porquera.
O jeito é dar uma banda na Redenção, se jogar na sombra das árvores e de lambuja dar uma passada na Cidade Baixa pra ver se a gurizada se pilha em tomar um sorvete lá na Jóia. 


Bah, os piá fazem a festa com o baita sorvete tri bom que tem lá! É o que resta fazer aos bagual véio que moram num porto sem mar, de um rio que é lago, mas que com certeza é o Porto mais Alegre.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Xin Nian Kuai Le

Dizem por aí que depois do carnaval é que o ano começa. Pois foi mais ou menos isso que, de fato, aconteceu. No domingo último, teve início o ano novo do Tigre de Metal, de acordo com o calendário Chinês, e eu fui participar das celebrações budistas dessa data no templo de Três Coroas.
Como nunca fui muito adepta do Carnaval do sul  e não estava disposta a enfrentar a Freeway e seus engarrafamentos homéricos nesse calor histórico, nem titubiei em subir a serra em busca de paz. O lugar é lindo, no topo de uma montanha de onde pode se ver o vale de todos os ângulos, isso sem falar na espiritualidade que esses lugares genuinamente têm.
Uma coisa que admiro muito no budismo é o papel do vento. No templo, em todo o lugar que se olhe, podem ser observadas bandeirolas coloridas tremulando, elas são chamadas "Bandeiras de Oração". Para os budistas, elas são como apelos, mantras silenciosos que, ao serem tocadas pelo vento, se expandem para todos os lugares beneficiando a todos, dissemimando bondade, compaixão e bênçãos, não apenas a quem as estendeu. As Bandeiras de Oração ativam e fortalecem nossa força inteiror, são representadas por cinco animais e cinco cores diferentes e há dias propícios para estendê-las, que variam segundo o signo de quem as pendura. Eu escolhi o Cavalo do Vento que simboliza nossa capacidade de realização, nossa força motivadora que reune e harmoniza todas as outras.
Como tinha me dado férias de quase tudo mesmo, inclusive de escrever aqui, foi muito bom poder começar de verdade o ano em um local e momento especiais.
Ainda conforme a tradição oriental, o ano do Tigre de Metal é um ano de muitas trasnformações e também de muita cautela, porque tudo será facilmente extremado. Ou seja, não serão necessários esforços para que as coisas mudem do 8 ao 80 em segundos, isso tanto para as pessoas quanto para com a natureza. Better be safe than sorry, though!
Então é melhor apertar os cintos porque 2010 vai dar a partida. E que venha o Tigre!
Feliz Ano Novo!!!

Guia prático do Caminho da Felicidade

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Clue

..."é preciso ter ainda um caos dentro de si para gerar uma estrela que dança."
Assim Falava Zaratustra

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Remembering Lewis Carroll

"Poderia me dizer, por favor, que caminho devo tomar para sair daqui?"
"Isso depende bastante de onde você quer chegar", disse o Gato.
"O lugar não me importa muito", disse Alice.
"Então não importa que caminho você vai tomar", disse o Gato.
"...desde que eu chegue a algum lugar", acrescentou Alice em forma de explicação.
"Oh, você certamente vai chegar a algum lugar", disse o Gato, "se caminhar bastante." (p. 84)

E ainda querem me convencer de que este é um livro infantil!!!

domingo, 25 de outubro de 2009

The Bucket List

Um filme que sempre me faz chorar. E muito.
Faz-me pensar no tempo que achamos que já perdemos. No tempo que eu acho que perdi e que parece ser infinitamente maior do tempo que eu realmente fiz a vida valer a pena. No tempo em que também acho que fui feliz.
A música do filme permanece retumbando na minha cabeça, porém, pra mim, soa como um do what you need to do. Talvez porque eu nunca tenha tido papas na língua e poucas vezes cogitei a hipótese de me calar. Essa coragem verbal que me faz exteriorizar meus sentimentos, pensamentos e percepções com a vasão de uma correnteza que anseia em desaguar numa cachoeira de palavras frente às situações e às pessoas é uma das poucas coisas das quais me orgulho.
Nunca sucumbi ao medo de dizer o que penso. E sempre digo tudo,  T U D O. Até porque o que realmente temo é o “se”. Essa partícula gramatical indicativa de condição que muda uma vida e que quando acompanhada do questionamento estritamente pessoal e filosófico clássico do “e se eu tivesse feito?” faz valer na pele o ditado de que se arrependimento matasse... Sim, você já seria um (de)composto orgânico.
Desse mal eu não morrerei.
Talvez do mal do excesso. Pois sempre falo tudo, com os devidos destaques e explicações para o caso de ausência de bons entendedores ou de ruídos na comunicação, pois como se sabe, a comunicação de fato é o que o receptor entende da mensagem do emissor (ou algo do tipo) e é sempre melhor prevenir do que remediar.
Mas o que fica é mesmo o que a música diz:

“Say what you need to say, even if your hands are shaking and your faith is broken. Even if his eyes are closing, do it with your heart wide open and say what you need to say”…

Fazer a vida realmente valer a pena é não ser morno frente a ela. É arder a cada minuto, ser intenso, ser real. A vida é real e é o agora, que dura poucos instantes e não volta nunca mais. É o que não há porquê ser evitado, a vontade que não deve ser oprimida, o carinho que não deve ser omitido, a palavra que não deve ser calada, o perdão que pelo orgulho não deve ser encoberto, a lágrima que não deve ser engolida. É tudo aquilo que por medo, convenções, achismos e preconceitos deixamos de fazer, de ser.
O pretérito é perfeito. O futuro nem sabemos se existirá. Mas o presente está aí, embrulhado em todos os papéis que somos capazes de desenrolar.
Faça uma lista. Uma lista de coisas que sempre desejou fazer e comece já. Não deixe pra antes de partir.

domingo, 18 de outubro de 2009

Liberdade

A definição que mais alcança meu sentimento de liberdade foi feita pela Cecília Meireles e diz: "Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique e ninguém que não entenda." Alguém discorda?
Mas temos tantas ilusões sobre esta palavra. Há quem diga que onde há escolha, há liberdade, no entanto, a vida é preenchida de escolhas diariamente e nem sempre a capacidade de escolher é prerrogativa de liberdade. Diria mais, algumas escolhas na verdade nos afastam cada vez mais dela. Há outros tantos que pensam que a independência de locomoção é liberdade, que nada ter pra fazer é também uma versão de liberdade.
"Quem pensa por si mesmo é livre", já disse o Russo e é bem por aí. Quem é livre, é livre. Como verbo intransitivo. Mas transitando por todos os seres e estares e lugares nunca dantes navegados que só o pensar é capaz de nos levar. Liberdade é não ter pressa de chegar. Caminhar, fitar, ficar. Mudar o rumo, o prumo.... e ter coragem de errar, aprender e errar novamente, nessa série de fenômenos que se sucedem de forma alternada e frenética que chamamos de vida.
É saber rir de si mesmo, ainda que com vergonha, ainda que sem graça. Ser capaz de fazer doces loucuras, subverter convenções, como virar estrelinha na calçada. Sentir absolutos prazeres em singelas coisas, morrer de rir ou de chorar, sair pela rua a cantar, não ter pudor em sentir medo e por ajuda chamar.
Quimeras e vãs são as tentativas de tirá-la do ser que é de fato livre, por mais que se tente, que se tolha, que se inveje. A liberdade pode até ficar à sombra mas sempre sairá atrás do sol, do vento, do movimento.
Livre é aquele que tem coragem de ser quem é e sê-lo sempre, essencialmente quando o mundo te impele ao padrão das distorcidas ilusões. O preço é alto, mas, ainda assim, não se compraz à bem-aventurança que da qual só a liberdade é capaz.
Quando a mente é livre o coração galopa tranquilo e podemos apenas seguir o caminho em paz.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Escrever é....

um constante exercício e eu ando muito preguiçosa.
Que venha o feriadão, praia, sol, mar, toda a função inseparável de praia-sol-mar e seus derivados (os quais eu espero que derivem bem) e quem sabe inspiração pra um post que se apresente?!