Dizem por aí que depois do carnaval é que o ano começa. Pois foi mais ou menos isso que, de fato, aconteceu. No domingo último, teve início o ano novo do Tigre de Metal, de acordo com o calendário Chinês, e eu fui participar das celebrações budistas dessa data no templo de Três Coroas.
Como nunca fui muito adepta do Carnaval do sul e não estava disposta a enfrentar a Freeway e seus engarrafamentos homéricos nesse calor histórico, nem titubiei em subir a serra em busca de paz. O lugar é lindo, no topo de uma montanha de onde pode se ver o vale de todos os ângulos, isso sem falar na espiritualidade que esses lugares genuinamente têm.
Uma coisa que admiro muito no budismo é o papel do vento. No templo, em todo o lugar que se olhe, podem ser observadas bandeirolas coloridas tremulando, elas são chamadas "Bandeiras de Oração". Para os budistas, elas são como apelos, mantras silenciosos que, ao serem tocadas pelo vento, se expandem para todos os lugares beneficiando a todos, dissemimando bondade, compaixão e bênçãos, não apenas a quem as estendeu. As Bandeiras de Oração ativam e fortalecem nossa força inteiror, são representadas por cinco animais e cinco cores diferentes e há dias propícios para estendê-las, que variam segundo o signo de quem as pendura. Eu escolhi o Cavalo do Vento que simboliza nossa capacidade de realização, nossa força motivadora que reune e harmoniza todas as outras.
Como tinha me dado férias de quase tudo mesmo, inclusive de escrever aqui, foi muito bom poder começar de verdade o ano em um local e momento especiais.
Ainda conforme a tradição oriental, o ano do Tigre de Metal é um ano de muitas trasnformações e também de muita cautela, porque tudo será facilmente extremado. Ou seja, não serão necessários esforços para que as coisas mudem do 8 ao 80 em segundos, isso tanto para as pessoas quanto para com a natureza. Better be safe than sorry, though!
Então é melhor apertar os cintos porque 2010 vai dar a partida. E que venha o Tigre!
Feliz Ano Novo!!!
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