domingo, 25 de outubro de 2009

The Bucket List

Um filme que sempre me faz chorar. E muito.
Faz-me pensar no tempo que achamos que já perdemos. No tempo que eu acho que perdi e que parece ser infinitamente maior do tempo que eu realmente fiz a vida valer a pena. No tempo em que também acho que fui feliz.
A música do filme permanece retumbando na minha cabeça, porém, pra mim, soa como um do what you need to do. Talvez porque eu nunca tenha tido papas na língua e poucas vezes cogitei a hipótese de me calar. Essa coragem verbal que me faz exteriorizar meus sentimentos, pensamentos e percepções com a vasão de uma correnteza que anseia em desaguar numa cachoeira de palavras frente às situações e às pessoas é uma das poucas coisas das quais me orgulho.
Nunca sucumbi ao medo de dizer o que penso. E sempre digo tudo,  T U D O. Até porque o que realmente temo é o “se”. Essa partícula gramatical indicativa de condição que muda uma vida e que quando acompanhada do questionamento estritamente pessoal e filosófico clássico do “e se eu tivesse feito?” faz valer na pele o ditado de que se arrependimento matasse... Sim, você já seria um (de)composto orgânico.
Desse mal eu não morrerei.
Talvez do mal do excesso. Pois sempre falo tudo, com os devidos destaques e explicações para o caso de ausência de bons entendedores ou de ruídos na comunicação, pois como se sabe, a comunicação de fato é o que o receptor entende da mensagem do emissor (ou algo do tipo) e é sempre melhor prevenir do que remediar.
Mas o que fica é mesmo o que a música diz:

“Say what you need to say, even if your hands are shaking and your faith is broken. Even if his eyes are closing, do it with your heart wide open and say what you need to say”…

Fazer a vida realmente valer a pena é não ser morno frente a ela. É arder a cada minuto, ser intenso, ser real. A vida é real e é o agora, que dura poucos instantes e não volta nunca mais. É o que não há porquê ser evitado, a vontade que não deve ser oprimida, o carinho que não deve ser omitido, a palavra que não deve ser calada, o perdão que pelo orgulho não deve ser encoberto, a lágrima que não deve ser engolida. É tudo aquilo que por medo, convenções, achismos e preconceitos deixamos de fazer, de ser.
O pretérito é perfeito. O futuro nem sabemos se existirá. Mas o presente está aí, embrulhado em todos os papéis que somos capazes de desenrolar.
Faça uma lista. Uma lista de coisas que sempre desejou fazer e comece já. Não deixe pra antes de partir.

3 comentários:

Rodrigo Borges Barcelos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rodrigo Borges Barcelos disse...

Ahh sim, já vi esse filme.. muito bom por sinal !!! Mas os caminhos que tomamos na vida são demais misteriosos, e só no fim da vida para fazer uma avaliaçaõ se valeu ou não a pena. Mas uma coisa é certa: corra atrás do melhor pra ti. Pense nisso: o que parece ruim hoje, pode ser bom amanhã !!! ;)

Cris Moreira disse...

Esse filme é lindo, mesmo, de chorar.

(ops, outro comentário excluído pelo autor!)

Beijo