sábado, 27 de outubro de 2012

O trem da minha vida

Ele nos mais das vezes parece montanha russa. Mas é meu. Agradeço por hoje poder agradecer a Deus tudo que foi posto no meu trilho. Tudo teve um motivo, um porquê e se não fez sentido foi porque eu não tinha ainda todos os sentidos no lugar ou porque a cabeça e o coração estavam descompassados.
Hoje, num looping de 360º, desesperada com o fim do curso acadêmico, com a monografia atrasada, com tudo que ainda não vi, não fiz.... tudo pede a minha atenção, minha revisão, reflexão.
Tudo, todos, todo o tempo, o tempo inteiro.
Tudo vira uma saudável interrogação. Uma revisão da vida e uma nova visão do futuro.
O vagão do tempo veio pra perto da locomotiva. Louco. Emotiva.
Apesar das lágrimas aqui e ali, é muito bom. É um momento importante, sensível, de  escolher os trilhos, embora me sinta descarrilhando. Mas ainda há muito vapor porque é preciso.
No meio de tanta fumaça, imagens, lembranças e saudades surgem numa redescoberta incrível. Talvez seja o resgate dos anseios da juventude, que com o passar dos anos comecei a chamar de revolta, de sonhos, de utopia.
Talvez seja o futuro que tenha vindo perguntar como será.
Talvez seja meu espírito, que há muito me dizem que desde jovem foi velho.
Mas eu não quero saber de respostas. Não agora. Quero continuar me enebriando na euforia das perguntas.
E me embriagando nas minhas velhas fontes.
Talvez seja meu eu querendo ser. Talvez eu ainda seja como eles foram.
E um dia serei como eles são.





segunda-feira, 21 de maio de 2012


De acordo com o dicionário Priberam,  casa é: nome genérico de todas as construções destinadas a habitação; conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
Para um poeta, lugar onde o coração está... 
Para o botão da roupa, o buraco onde ele encaixa e se prende.
A minha casa é meu ninho, onde eu gosto de ficar aconchegada, protegida,  no meu mundo. É onde a minha liberdade exerce seu pleno significado.
Quando chego nele me dispo de tudo e me visto de mim. Torno-me super, sem capa.
Meu B-612 sem rosas, sem Baubás, mas com um vulcão, que por horas dorme, por outras é uma incontida e devastadora erupção.
Construído com um pouco das coisas que encontro pelo caminho meu ninho nunca está vazio e embora o mundo eu queira desbravar, é pra cá que eu sempre quero voltar.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Inspiro ação!

Muita vontade de postar por aqui mas a inspiração não passa por ali! Aliás parece que ela insiste em passar por lá, lá longe de mim....

terça-feira, 24 de maio de 2011

Modernidade

Meu sono costumava ter hora certa pra chegar
Nesses dias de hoje até Morfeu se atrasa. Alguém mexeu no relógio dele
E com essa noite nublada nem dá pra contar estrelas....

sexta-feira, 20 de maio de 2011

... E eu queria chorar mas a beleza do dia caçoou da minha dor.
O escuro da noite trouxe o vazio do frio e o turbilhão de mim
Gira, vira, revira, revolta
Vai.
E sempre volta
Está sempre comigo, estou sempre sozinha
Tão cheia de mim que esvazio e esvaio
Olhando pra trás, olho pra dentro
Tropeço na mesma interrogação
Interrogo o coração, duvido da razão
Do grito, mudo, nem o gemido
Mas não me esperem, me encontrem no melhor de mim
Enquanto eu não venho...
A banda mais bonita da cidade toca uma oração.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

In Memorian

..."os limões amadureceram, Maria pode voltar."

Trecho do poema que o meu vô, Samuel Fanti, fez aguardando que a minha vó retornasse do hospital para casa.

Maria Neves Gris da Silva, 17/12/1939 - 05/05/2011.

sábado, 23 de abril de 2011

Slumdog Millionaire versão 2011: "Quem quer ser uma princesa?"

Kate Middleton já disse sim e o fará nova e oficialmente perante a corte e o mundo no próximo dia 29. Entretanto, muito além do frisson real, esse casamento desperta o desejo eterno e talvez mais genuíno do imaginário de toda a mulher: ser uma princesa.
Todos sabemos que para as reles plebeias esse momento de nobreza e apogeu de toda a felicidade se dá no tão esperado dia do casamento, onde lhes é permitido vestir-se com o mais belo e lúdico dos vestidos que as tornará a mais linda das mortais, ser o centro de todos os olhares e ter o mais encantado dos príncipes à sua espera. Nesse momento, salpicado de pó de pirilim-pim-pim, o "e foram felizes para sempre" parece estar garantido na proporção da beleza e encantamento do ritual do matrimônio. O que, infelizmente, sabemos não ser bem assim com o passar do ir e vir das luas, mas isso é outra estória.
O fato é que, em pleno século XXI, ainda existirem reinos, rainhas, príncipes que encontram suas princesas e realizam o casamento dos sonhos é algo quase surreal! E assim sendo não há como evitar pôr nem que seja só a pontinha dos pés no reino encantado da nossa imaginação e pensar um pouco acerca disso, ainda mais quando se é mulher.
O desejo de felicidade é inerente ao gênero, mas a expressão, a materialização desse desejo é infinitamente ímpar quando se trata do feminino. As mulheres querem compartilhar todo o sentir, o pensar com seu príncipe encantado pelo amor, pelo romantismo, pela sua capacidade de reconquistá-la a cada dia como se fosse a primeira vez. Mulheres querem toda a conotação dos idiomas e a denotação dos momentos mais simples vividos à dois: luz de velas no arroz com feijão, um brinde com Sprite em taça de champanhe, um rodopio na calçada ao ouvir uma música gostosa... Sinestesia total.
Talvez os homens jamais entenderão essa parte do nosso universo. (Ainda que eu me pergunte se algum dia serão capazes de compreender alguma parte sequer.) Mas desde que se entreguem intensamente à tarefa de, ao menos, tentar realizarem conosco o fairy tale do convívio à dois, o encanto acontece mesmo sem a Fada Madrinha e isso pode ser a metado do caminho rumo ao "felizes para sempre".